quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Representantes do Movimento Social se encontram com o governador Jaques Wagner

Foto: Carol Garcia/GOVBA

Foi realizado no dia 15/08, na sede da governadoria, um encontro promovido pelo governo estadual junto a representantes de movimentos sociais, como membros da Abong (Associação Brasileira de ONGs), Cese (Coordenadoria Ecumênica de Serviços), MST, Unicafes, Sasop, dentre outros.

Na reunião, o governador Jaques Wagner e alguns de seus secretários apresentaram suas políticas para as áreas sociais das zonas urbanas e rurais. Os representantes dos movimentos sociais também puderam debater várias questões, reconhecendo alguns avanços promovidos pelo atual governo, mas também criticando o pouco espaço que as organizações têm no processo de colaboração e decisão de políticas públicas.

Para Damien Hazard, coordenador da Associação Vida Brasil e representante da Abong, o modelo atual de acesso a recursos públicos instrumentaliza as organizações e restringem sua atuação. Ele também criticou a pouca participação dos movimentos na tomada de importantes decisões:“Em matéria de relações do Estado coma sociedade, devem ser reconhecidos os avanços obtidos na promoção da participação social com a criação de diversos novos instrumentos e mecanismos de democracia participativa. Mas, importantes limites permanecem. O processo avaliativo desses espaços é insuficiente e esconde o fato que a maior parte dos espaços existentes demonstra uma fraca incidência política. Se os temas tratados nas conferências são de grande relevância, grande parte das decisões não é implementada”.

Ele também chamou atenção para as recentes manifestações de rua, que refletiam uma insatisfação com a representatividade das instituições políticas e o uso da verba pública para a realização de megaeventos, em detrimento de investimentos na área social. Damien também denunciou que a criminalização dos movimentos sociais ainda permanece, dando como exemplo a própria repressão policial que ocorreu nas últimas passeatas.

Outro ponto discutido foi a importância de uma Reforma Política que não se limite a uma Reforma Eleitoral, mas que também possa fortalecer os espaços e as práticas de participação social, a incidência política da sociedade civil e a democratização da comunicação. Damien ainda criticou o modelo de desenvolvimento seguido, chamando a atenção da necessidade de “desprivatizar” o Estado, para garantir um desenvolvimento econômico associado à distribuição de renda, garantia e ampliação dos direitos sociais e da cidadania, e da melhoria da qualidade de vida da população.


No final do encontro, a Abong e a Cese entregaram ao governador um documento produzido por diversas organizações do movimento social, além de uma proposta de criação de um fundo estadual voltado para o aprofundamento da participação e da democracia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário