quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Vida Brasil participou de Seminário que discutiu os 24 anos da Lei de Cotas (8213/91)

Islândia Costa e Heron Cordeiro
Na última sexta-feira, 31 de julho, os coordenadores do programa de Acessibilidade da Vida Brasil, Islândia Costa e Heron Cordeiro, participaram do Seminário “Avanços e Desafios na Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mundo do Trabalho”. O evento promovido pelo Ministério Público do Trabalho reuniu, em Salvador, empresários, funcionários, representantes do movimento social e do poder público para debater a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, em decorrência dos 24 anos da Lei 8213/91.

A “Lei de Cotas”, como é conhecida, exige que as empresas destinem vagas de trabalho para pessoas com deficiência, garantindo os seus direitos sociais e inclusão na sociedade. No entanto, os dados apresentados no Seminário indicam que apenas 0,73% das pessoas com deficiência na Bahia estão atuando no mercado de trabalho.

Para Islândia Costa, essa conquista é progressiva e tem que vir acompanhada de outros suportes, que não seja simplesmente a garantia das vagas. Ela citou o próprio processo de conquista de direitos das mulheres na sociedade, que em um passado recente nem direito ao voto tinham. Para Islândia, a garantia de oportunidades e tratamento justo para as pessoas com deficiência também é processual, por isso a Lei de Cotas não é suficiente, é preciso outras medidas complementares. A necessidade de empresas adaptadas e acessíveis, além da sensibilidade do contratante de respeitar as potencialidades e limitações do empregado são fundamentais para evitar desvios de funções e preservar boas condições de trabalho.

Islândia Costa, coordenadora do programa de Acessibilidade da Vida Brasil

Os participantes do Seminário também destacaram que não se contrata apenas um funcionário para exercer uma atividade laboral, mas também um ser humano, com suas especificidades que devem ser respeitadas. No caso de pessoas com deficiência, é necessário que o contratante não esteja apenas preocupado em cumprir a Lei de Cotas, mas que saiba se relacionar com o contratado para encontrar a melhor forma de incluí-lo nas atividades, de modo que seja satisfatório para ambas as partes.




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