Islândia Costa e Heron Cordeiro |
Na
última sexta-feira, 31 de julho, os coordenadores do programa de Acessibilidade
da Vida Brasil, Islândia Costa e Heron Cordeiro, participaram do Seminário “Avanços
e Desafios na Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mundo do Trabalho”. O
evento promovido pelo Ministério Público do Trabalho reuniu, em Salvador,
empresários, funcionários, representantes do movimento social e do poder
público para debater a participação das pessoas com deficiência no mercado de
trabalho, em decorrência dos 24 anos da Lei 8213/91.
A
“Lei de Cotas”, como é conhecida, exige que as empresas destinem vagas de
trabalho para pessoas com deficiência, garantindo os seus direitos sociais e
inclusão na sociedade. No entanto, os dados apresentados no Seminário indicam
que apenas 0,73% das pessoas com deficiência na Bahia estão atuando no mercado
de trabalho.
Para
Islândia Costa, essa conquista é progressiva e tem que vir acompanhada de
outros suportes, que não seja simplesmente a garantia das vagas. Ela citou o
próprio processo de conquista de direitos das mulheres na sociedade, que em um
passado recente nem direito ao voto tinham. Para Islândia, a garantia de
oportunidades e tratamento justo para as pessoas com deficiência também é
processual, por isso a Lei de Cotas não é suficiente, é preciso outras medidas
complementares. A necessidade de empresas adaptadas e acessíveis, além da
sensibilidade do contratante de respeitar as potencialidades e limitações do
empregado são fundamentais para evitar desvios de funções e preservar boas
condições de trabalho.
Islândia Costa, coordenadora do programa de Acessibilidade da Vida Brasil |
Os
participantes do Seminário também destacaram que não se contrata apenas um
funcionário para exercer uma atividade laboral, mas também um ser humano, com
suas especificidades que devem ser respeitadas. No caso de pessoas com
deficiência, é necessário que o contratante não esteja apenas preocupado em
cumprir a Lei de Cotas, mas que saiba se relacionar com o contratado para
encontrar a melhor forma de incluí-lo nas atividades, de modo que seja
satisfatório para ambas as partes.
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