terça-feira, 11 de dezembro de 2018


RESISTIR E ESPERANÇAR
Diálogos sobre democracia em tempos de crise

No próximo dia 13 de dezembro, se registra um momento histórico: os 40 anos do Ato Institucional nº5, decreto que marcou os “anos de chumbo” do regime militar. Tendo em vista essa data emblemática, o contexto político atual e dando continuidade a Semana de Comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço e a Universidade Federal da Bahia, com apoio da ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais realizam a Mesa de Diálogo “Resistir e Esperançar: Diálogos sobre democracia em tempos de crise” no dia 13/12, às 17h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia - Salvador (BA).
A proposta é realizar uma atividade pública de reflexão e análise que aponte algumas pistas para um horizonte de resistência e esperança. Comporão a mesa de diálogo: João Pedro Stédile (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); Lusmarina Garcia (teóloga luterana e ativista dos direitos humanos); Marizelha Lopes (Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil) e Rosane Borges (jornalista e escritora).

Informações: 71 21045457 I www.cese.org.br


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* Inicio da descrição da imagem: Cartaz com fundo verde. Do lado direito, o título do evento inserido em uma figura oval amarela que lembra o sol: Resistir e esperançar  Diálogos sobre democracia em tempos de crise. 13 de dezembro 17h. Local Reitoria da Ufba. Informações: 71 21045457 I cesecomunica@cese.org.br. No lado esquerdo a fotografia dos quatro convidados e apresentação resumida de quem são em letras brancas, já apresentados no texto acima. Uma barra azul embaixo estão os apoiadores e promotores do evento. Fim da descrição da imagem


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

3 de dezembro: um dia para celebrar os direitos humanos e das pessoas com deficiência
O dia 3 de dezembro foi instituído como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência em outubro de 1992, em assembleia geral da ONU. Encerrava-se a “Década das Nações Unidas das Pessoas com Deficiência”. A Década tinha começado no auge do modelo médico da deficiência, que buscava desenvolver soluções focadas na deficiência da pessoa e priorizava políticas e serviços de saúde, reabilitação, educação e assistência social, em regime de segregação institucional. Mas o período acabou provocando o surgimento pelo mundo de novos atores e principalmente dos movimentos de pessoas com deficiência.
No Brasil, as primeiras organizações, separadas por tipo de deficiência, também apareceram nos anos 80 em diversas cidades do país, a exemplo, em Salvador, da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef), do Centro de Surdos da Bahia (Cesba) e da Associação Baiana de Cegos (ABC).
Com o movimento em eclosão pelo mundo, as vozes dessas pessoas passaram a ser ouvidas e a desenhar outros conceitos: vida independente, autonomia, eliminação de barreiras, modelo social da deficiência... O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência apareceu como expressão desses novos valores, com o objetivo de construir uma sociedade para todos.”
O “3 de dezembro” foi comemorado pela primeira vez em Salvador em 1997. A associação Vida Brasil foi precursora na introdução da temática da acessibilidade na capital baiana ao apresentá-la como uma questão de direitos humanos, em um seminário organizado em parceria com o extinto Comdef (Conselho Municipal de Deficientes). O evento reuniu as principais lideranças de organizações da área da deficiência a quem deu vozes para debater sobre as barreiras existentes e caminhos para vencê-las. Reiterado nos anos seguintes, enriquecido pela realização de pesquisas pioneiras sobre a acessibilidade e pelo intercâmbio com experiências de outras cidades e países, o Seminário de Acessibilidade e Cidadania de Salvador tornou-se um marco na capital baiana, palco da expressão cidadã e democrática das pessoas com deficiência acerca das políticas urbanas e de desenvolvimento. A última edição do seminário de acessibilidade de Salvador foi em 2015.
Ao longo dos seus 22 anos, a Vida Brasil destacou-se pela sua capacidade de articulação com outros movimentos, apontando caminhos para construção de uma sociedade inclusiva e democrática. Nesta década, a experiência sistematizada da organização baiana tem sido levada para outros países, principalmente da África e da América Latina. Aqui e lá, o dia 3 de dezembro é uma oportunidade para ecoar a necessidade de um outro mundo possível, que em muitos aspectos já começou.