segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Apoio à Marcha Nacional das Mulheres Negras

No início desse mês, o "Novembro Negro", foi divulgada uma pesquisa que indica que de 2003 a 2013 o número de mulheres negras mortas no Brasil cresceu 54%. Em 2013 foram 2.875 mulheres negras assassinadas no país.

O número de jovens negros também aumentou. Somente em 2012, 29.916 jovens foram assassinados, sendo que 26.603 eram negros. Filhos de mães negras.



As mulheres negras. As últimas na escala de valorização social, dentro de uma sociedade machista e racista.

As mulheres negras. As que não estão nos programas de auditório, nas novelas, nas campanhas publicitárias, nem nos telejornais. As que não estão na Câmara, nem no Congresso.

As mulheres negras. As que não estão nos altos cargos das empresas. As que não estavam nas universidades. E, por tudo isso e além disso, são as que mais sofrem com a violência doméstica e social.

As mulheres negras. As que têm que lidar contra o machismo e contra o racismo. As que são criadas pela sociedade para serem objetos sexuais; a mesma sociedade que irá dizer que a cor, o cabelo e a identidade da negra são feios. As que têm um desafio duplo na (des)construção e afirmação de sua personalidade.

As mulheres negras. As que mais morrem. As que mais enterram filhos.



Por elas, a Vida Brasil apóia a "Marcha Nacional das Mulheres Negras". No dia 18 de Novembro, a marcha irá ocupar as ruas de Brasília, trazendo mulheres de todo o Brasil. Esperamos que o simbolismo da marcha e a mobilização gerada possam acenar para um futuro em que o direito fundamental à vida e ao bem viver seja garantido para a mulher negra.

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